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Medidas anunciadas pelo governo são ineficazes e não reduzirão preços dos alimentos.

FAEP se manifesta e FPA também contesta as medidas

08/03/2025 06h41
Por: REGIS ALDONAR GUERREIRO Fonte: FAEP
Medidas anunciadas pelo governo são ineficazes e não reduzirão preços dos alimentos.

A isenção do imposto de importação sobre alimentos não deve reduzir o preço dos produtos para o consumidor final como espera o governo, avaliam analistas do mercado e representantes do setor produtivo. 

A medida foi anunciada na quinta-feira  pelo vice-presidente Geraldo Alckmin  juntamente com outras ações, como um estímulo à produção de itens da cesta básica no Plano Safra e o fortalecimento de estoques reguladores.

Ao todo, nove produtos terão zerada a alíquota de importação: carne, café, milho, açúcar, massas, biscoitos, sardinha, óleo de girassol e azeite de oliva. Já a cota de importação isenta de óleo de palma, atualmente em 65 mil toneladas, subirá para 150 mil toneladas. 

As mudanças entram em vigor nos próximos dias, após aprovação pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços . 

No Congresso Nacional, a Frente Parlamentar da Agropecuária  classificou as medidas apresentadas pelo governo federal como “ineficazes para efeito imediato”, em especial a isenção de impostos para produtos importados, que reduziriam a arrecadação “sem garantir o reforço ao apoio da produção brasileira”.

Para os parlamentares representantes do agronegócio,  a iniciativa do governo deve beneficiar grandes importadores e distribuidores, mas não necessariamente o consumidor final.

Isso porque a  redução da tarifa não garante que os preços nas prateleiras dos supermercados cairão na mesma proporção, já que outros custos, como transporte, armazenagem e margem de lucro dos intermediários, continuarão pressionando os valores. 

O próprio governo não tem uma estimativa de impacto da medida nos preços.

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